domingo, 29 de novembro de 2009

"Nossas cabeças tem um tempo diferente da vida real"


É engraçado perceber as coisas que a gente sempre discutiu, as coisas que não pareciam verdade, ainda que saíssem da boca de uma pessoa que só dizia a verdade. Hoje posso perceber em prática todo o aprendizado que eu estava recebendo em teoria, em palavras.
A decisão de estar aqui foi minha, e todas as consequências que estivessem por vir, eu sempre soube, seriam minhas também. E eu nunca reclamei, eu nunca me arrependi e não vai ser agora que isso vai acontecer, nem nunca. Às vezes passa pela minha cabeça "e se eu tivesse ficado?", mas foi exatamente isso que eu pensei ontem, são 7 anos em 7 meses, de verdade.
De pensar que eu reclamava de caminhar 500 metros no sol, de pensar que eu reclamava porque lá em casa não pegava bem a TV, porque eu não tinha carro, porque eu não gostava de lavar a louça, porque eu dava demais de mim para os outros...
Eu sei, eu errei bastante, eu errei em assumir compromissos que eu sabia que não podia assumir, eu errei em pensar que eu era grande demais, eu errei em desperdiçar tempo com bobagens, pensando que era minha forma de ver as coisas, eu errei em enganar, eu errei em iludir, eu errei em esconder. Tudo começou a entrar nos trilhos quando aquele anjo apareceu na minha vida, quando eu comecei a ouvir de alguém como eu tanta coisa que fazia sentido, tanta coisa simples, simples o suficiente pra ser o mais complexo possível.
E foi fácil começar a ver todos os meu erros, e foi o primeiro passo pra começar a desfazer todos eles. Acho que se eu não tivesse te conhecido, eu nem estaria aqui hoje, eu estaria presa num padrão de erros e ficaria presa nesse padrão por muito tempo, pra não dizer pra sempre. E hoje, não é só mais um começo de mudança, é uma mudança 180º, minha vida já virou de ponta-cabeça. Pra melhor, pra melhor...
E, depois de sete meses, poder conversar com você com calma e com palavras ditas e não escritas, foi muito muito emocionante, muito importante e muito bom! Foi rever tudo que eu passei, tudo que eu aprendi, tudo que você me ensinou, ver tudo isso em ações, em aprendizado físico. E mais lindo ainda, estarmos aprendendo mais mil coisas novas, ao mesmo tempo.
Eu deixei de duvidar da vida, de achar que as coisas estavam dando muito certo pra eu cair do precipício no final, eu aprendi a reconhecer que sim, eu mereço tudo que ta dando certo, porque eu tive a força pra buscar, pra correr atrás. E você merece tanto quanto eu, a gente pertence ao mundo e a gente caiu aqui pra aprender e crescer e não tem nada mais prazeroso nessa vida!

Obrigada por ter aparecido do nada, por ter passado as milhões de coisas que passamos junto comigo, obrigada por romper barreiras que me pareciam indestrutíveis, por me receber de braços tão tão abertos, obrigada por me ensinar tanto, por me apresentar tanta coisa que eu não conhecia e que foi tão importante pro meu renascimento. Sério, você é meu Xuxuzão!

Obrigada Thaís, a gente é família, como você disse. E uma vai estar sempre pela outra!
Eu te amo, presentão!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

É difícil pensar no quão paradoxal é esse meu sentimento. Essa vontade absurda de escutar músicas massantes, de desenhar todo o abstracionismo que me vem na cabeça em forma de vento, de estrada, de saudade, de desapego.
E, de repente, ficar ali deitada ouvindo tudo isso, sair pra caminhar e sentir um pouco do sol que está chegando, começar a notar os toques de primavera e ficar horas desenhando detalhadamente tudo que a cabeça traduz como pensamento, me parece a única saída.
E me alheio do mundo, e me perguntam o que está acontecendo comigo, os dias parecem mais longos, mas na verdade não são. Eu sinto a presença de outros corpos ardentes à minha volta, mas nada me move, nada movimenta o círculo vicioso que crio com você, que crio sozinha com você.
I will survive, diz a música que está terminando agora. Sobreviver? Sim, claro que vou, mas viver novamente, viver como vivi, como um dia sonhei em viver, já são outros quinhentos. The sun is coming up, I'm punch drunk and I need to find my way back home, o que complica é saber onde é minha própria casa agora...

domingo, 27 de setembro de 2009

"Nos hablamos, pero no sabemos si será, volcados en la ilusión, me voy en un segundo. Hoy necesito estar sentado desde aquí y los dos llegamos tarde para decirnos que...
Y aunque eres invisible, veo a través de ti. Y siendo intocable, yo te siento en mis sueños... Y me lamento por no estar allá y hoy te miento para estar solos, tu y yo.
Y la distancia le gano al amor, solo te veo en el monitor. Esperando respuesta veo que hoy tu ausencia llega nada más, las cosas deben de seguir y no sabemos si se van..."

"Nós falamos, mas não sabemos se será, despejados na ilusão, eu parto em um segundo. Hoje necessito estar sentado aqui e ambos chegamos tarde pra dizer que...
E embora você seja invisivel, vejo através de você. E sendo intocável, eu te sinto nos meus sonhos... E me lamento por não estar aí e hoje minto pra estamos sós, você e eu. E a distância venceu o amor, só te vejo no meu monitor. Esperando a resposta vejo que hoje tua ausência chega, nada mais, as coisas devem seguir seu rumo e nós sabemos quando vão..."

Eu fiquei pensando se eu vou te encontrar daqui a 20 anos, se eu já vou estar casada, ou se eu já vou ter uma família. Eu fico pensando se você também já vai ter feito sua família, e penso no "se você chegasse antes", a tempo de mudar esse destino que às vezes parece óbvio demais. Às vezes eu te sinto pertinho e tento acreditar que é porque você está pensando em mim, não sei, na verdade é estranho porque parece que o futuro que eu imagino é tão seguro, mas quando me dou conta e caio da nuvem que talvez criei, me machuco muito. :(

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ela só vai se chamar Alice se for minha filha com você.

É sempre igual e sempre distinto.

Que sensação gostosa invadiu meu coração!
Eu quero jazz, eu quero vinho e livros com cheiro de experiência espalhados pelo chão.
Que venham as dores, que venha o prazer, que venham as decepções, ao diabo todo esse medo! Eu quero sentir o frio indo embora, escutando tudo isso que está gravado na minha cabeça, repassando mil cenas que existem na minha memória, mas eu nunca vivi.
A nostalgia boa que me pega às 4 da manhã de uma segunda-feira é algo incrível, eu volto a sonhar acordada na praia, nas brincadeiras, na casa toda branca, nas nossas peles salmão se misturando com os lençóis. Eu ainda vejo você ao pé da janela, fumando seu cigarro enquanto eu estou caída pela cama, com parte do busto aparecendo por debaixo da roupa da sua camisa. Eu passei mais de uma hora imaginando algo novo pra te dizer, mas a verdade é que nada mudou.
Eu ainda acredito no amor.

sábado, 29 de agosto de 2009

O vazio continua, a vontade de ficar sozinha cresce e a possibilidade de isso acontecer diminue. Mas nada é por acaso, não é mesmo? Então cabeça erguida, não posso deixar o comodismo me consumir.
Continue a nadar...

Me dió un vacío raro.

Não sei se é por ter acabado de ver ClockworkOrange, se é a música ou é porque não dormi, mas agora me deu um vazio estranho. Talvez seja fome, quem sabe?
Mas a verdade é que andarilho-mochileiro tem que aprender a ser sozinho e lutar sozinho, tem que aprender a engolir sapo, a dividir a vida com gente que nunca viu, a criar coragem pra pedir as coisas, pra perguntar, pra não ficar perdido no meio da cidade. Tem que aprender a não olhar pra trás, a mudar se for preciso, sempre, a fazer comida, a planejar gastos, a saber que tá vivendo sua vida, vida no seu significado mais pleno. Viajante, mochileiro das galáxias, tem que saber o que busca e não se deixar abater pelas merdas que aparecem no caminho, parece livro de auto-ajuda, mas é minha vida.
Pero todo, todo se aprende con el tiempo.

Sali.. y di un millon de vueltas, la luna estaba puesta en el lugar que vi ayer... Pedi la brujula hace tiempo y busco la manera de encontrarte... Un corazon. No hay nadie, llenandome los ojos de amor, sacandome del pozo en donde estoy, y donde estas... La luna estaba ahi, llamando tu nombre mis oidos escuche, y tu no estas.. No encuentro la forma de vivir si tu no estas, no me quiero acostumbrar a no tenerte junto a mi...


Ximena Sariñana

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Peliroja

Oi, agora sou uma cenourinha ruiva, enferrujada!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Adoro.

Não aguento mais favores, cansei, cansei.
Inveja é uma coisa incrível, tem realmente muita gente nesse mundo sem mais o que fazer, pra poder ficar falando dos outros. Na moral? Cansei.
Agora vai ser Anaeli por Anaeli, ninguém na frente, ninguém atrás, ninguém do lado!

Ximena Sariñana

http://www.myspace.com/ximenamusic

Quando a vi pela primeira vez, pensei: Essa é a "Mallu Magalhães" dos países que falam español (ela é mexicana). Mas não. Primeiramente, a guria não é tão guria quanto parece, tem 24 anos. E muito menos se faz de boba na frente das telas, ela tem um estilo Norah Jones, meio tímida, mas com um olhar forte.
Estou vendo um acústico dela na MTV Spanish e estou ficando apaixonada. Parece uma bonequinha, com suas roupas cor-de-aconchego, porém define suas influências como: "De todo, empezando por Fiona Apple y Björk, con mucha influencia de cantantes de jazz como Ella Fitzgerald..."
Ou seja, já a amo!

Deliciem-se com as músicas da minha mais nova descoberta dessa minha vida argentina! :)



up: A menina gravou um vídeo na islândia! MORRI.

up2: Sabia que eu conhecia ela de algum lado!!! Ela fez Luz Clarita quando era pequenininha... Hahaha

terça-feira, 25 de agosto de 2009

There is only one thing I can say!

Quero compartilhar isso por motivo nenhum além de: Minha casa vai ser assim!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Os ciclos que se fecham

Nesses últimos dias me aconteceram mil coisas que fecharam alguns ciclos e abriram outros. E avaliando tudo que aprendi até hoje (em especial nesses últimos 3 meses) me dei conta de que sou muito feliz com quem me tornei. E sei que isso tende a se manter assim com o tempo, sei que já sou muito feliz com quem me tornarei também.

Me pego analizando as pessoas e suas atitudes (obviamente tento noção de que é uma outra cultura, etc) muito mais do que pensei que analizasse, capaz que nem era assim, me tornei uma observadora/contestadora incessante nesse período. E, em contra partida, acabo aconselhando demais quem me importa, o que também já me dei conta que não é o meu forte. Infelizmente, as pessoas acabam fazendo sempre o que querem, mesmo que alguém mostre que está na cara que é o errado a fazer. E, como nunca antes, aqui aprendi o quanto o ser humano pode ser mal agradecido!

Eu já sabia que depender dos outros era uma furada, eu já havia feito um mundo semi independente pra mim há um bom tempo, mas isso nunca foi tão forte na minha vida. Quero buscar minha independência já! E isso começa quinta-feira.

Tenho pensado muito em tudo que estou vivendo e é tão estranho o quanto extraño algumas coisas que me pareciam tão simples, no Brasil. Extraño a tonada das pessoas, o jeito de atender dos vendedores de loja, o jeito de contar histórias, as expressões, as tribos (sim, até isso, te extraño Dinha!), e muito mais. E, óbvio, sem deixar de mencionar o que eu já sabia que era maravilhoso e hoje tenho muito mais orgulho! Extraño meus pais, meus amigos, o Rio Vermelho, o samba, o clima, os ônibus, as praias (principalmente o Buracão), a comida, as festas, o jeito de organizar as casas, a arquitetura.

Estou fechando esse ciclo, com 100% de aproveitamento. Aprendi o máximo que podia absorver de todas as pessoas/situações, ensinei o que pude. Vivi coisas que nunca imaginei viver antes, vivi coisas que nunca quis viver antes, vivi coisas que sempre sonhei. Experimentei novas sensações, novas soluções para situações já vividas. Deu tempo de aprender um idioma novo, começar a viver uma nova cultura, imaginar um novo futuro.

E começo o novo ciclo tendo apenas uma certeza. Sou muito feliz com quem sou.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Celebrando a vida e a infinita dança universal!

Ê mundão, seu filho venceu o breu
Unifiquei meu corpo ao teu
E já não existe mais eu...


E apesar do mal que está sempre envolta, sempre querendo uma brechinha para entrar, meu anjo é forte!

sábado, 8 de agosto de 2009

Hou :)

Eu sou a saudade do que ainda não vivi, sou a falta do que já nem me lembro mais.

Eu sinto uma saudade doce daqueles tempos na casa da Julianna, de estudar matemática por prazer, todo o tempo. De discutir física e espiritismo, ateísmo e amor. Sinto saudades de deitar no colchão ao lado do armário e ficar horas vendo a luz do ventilador piscando, antes de pegar no sono. Sinto saudade da tia me perguntando como vai a escola, como vai minha mãe. Sinto saudade de comer comidinha saudável e beber heineken no shopping, sinto falta de andar por aí, tirar fotos, contar as coisas, me empolgar e escutar a risada dela. Sinto falta de ouvir todo tipo de rock clássico lindo e, principalmente, Legião Urbana, e cantarmos com os olhinhos fechados. Sinto saudade de ajudar nos problemas, de mudar o pessimismo para um otimismo que era necessário, sinto falta das confissões, dos ensinamentos.

Quero você sempre pertinho, Houle!
Te amo muito, Assocara.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Todo parece estar queriendo cerrar una herida, lejos de abandonar, cerca de una despedida. No quiero más verte pasar, solo me quiero sentar a esperar. Lo fueron a matar y lo dejaron con vida, sin sospechar que todavía respira. Que saltes al vacío y que no vuelvas nunca, y que toda tu vida te mate la culpa de haberme robado una parte del alma, y es lo que a vos te hace falta, alejarte de acá. Vos querés enseñar, pero te faltan ideas. Vos sabés señalar, pero esperá que te vean. No quiero más verte pasar, solo me quiero sentar a esperar y rogar.

(No te vas a gustar)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Grito interno...

Ahora ya puedo sentir el sol
Que me quema la cabeza
Frita todas las neuronas
Y me deja sola

De repente uno vazio oscuro
Todas las palabras encerradas
Las tuve que tragar

Lo primero que veo es el cielo que se queda rojo
Después lo que se queda roja es el piso
Estoy en el medio de la brasa
Hay mucha espuma en mi boca
Y escucho un ruido

Es todo lo qeu queria decirte
Está todo tirado en el piso, arriba de mis pies

Vomite la canción
Solamente me quedan notas podridas

Chemicals - Lodger



No, I still don't accept this.

É difícil parar para pensar nas coisas que você fez, mas quando eu me dou conta, começo a lembrar de tudo que eu fiz também. Todas as promessas não cumpridas, todos os planos esquecidos, todo o amor que esfriava, todo gelo que não derretia.
Eu lembro de te abraçar bem forte numa cena de cinema, no pátio do prédio, à luz da lua, tremendo, te agarrando como se sentisse fome, como se quisesse me alimentar da sua presença. Eu lembro dos dias posteriores, de como eu fugia de você, lembro de quando sentamos à madrugada na praça para ler os quotes do livro que você me deu. Eu carrego esse livro até hoje para onde for. Eu vejo nosso filme pelo menos 1 vez ao mês.
Você está quando eu tomo chá, quando eu tomo café, quando eu ouço Beirut, Pink Floyd, Los Hermanos, Bright Eyes, Death Cab For Cutie, quando eu leio "lodger" ou "robot", quando eu lembro da abertura de Moulin Rouge, quando eu olho para o Jude Law, quando eu quero ouvir jazz com vinho, quando eu assisto algo em francês, quando eu venho andando pelo corredor e subo na escrivaninha, quando eu vejo uma equação de física, quando eu saco fotos bonitas, quando eu releio meus poemas, quando eu revejo algumas fotos, quando eu vejo um gatinho na rua, quando eu respiro...

Eu quero que você se toque que a gente foi feito para viver junto e venha fugir comigo pro mundo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Planes...

Adoro começar a fazer planos sempre, adoro mais ainda quando eles se concluem! Meus planos agora estão fazendo eu me concentrar mais no que quero.
Eu estou "despediçando" muito tempo "al pedo" (como dizem aqui) e já há alguns dias estava pensando que precisava mudar tudo, fazer alguma coisa útil (além de estar aprendendo um outro idioma e vivendo com uma cultura distinta), hoje à madrugada consegui a revelação, o que eu precisava pra começar a organizar tudo de novo.

Mas meus planos têm que ser bem bem bem organizados, a partir de agora, nada de fazer as coisas de supetão, nada de fazer algo sem pensar. Se cheguei até aqui sem pensar, prefiro acreditar que foi obra do destino, mas que de agora em diante quem faz meu destino sou eu.

Agora quero meu futuro branquinho com detalhes vermelhos, quero poder imaginar meu lindo cantinho aconchegante, com uma explosão de cultura brasileira (e internacional também, ao redor) no ar. Quero poder contar todas as minhas histórias sentada na sala com meus amigos, tomando vinho. Quero poder revelar todas as fotos lindas que saquei, quero poder escrever todos os contos lindos que vivi. E tudo isso vai acontecer, e não vai tardar muito.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Tenho muito ódio nesses corações que tenho...



Me custa ter que te dizer, mas tenho muito ódio desse outro porquê, que agora tens para deixar-me. Sinto que, por mais que tentemos, nossa magia nunca se vai, mas não pode ser que necessitemos passar por tantas coisas tristes para um dia nos darmos conta que precisamos ficar juntos.
Hoje estava olhando algumas fotos dela. Ela sacou uma foto linda sua, mas usou uma de nossas músicas como descrição. Foi como ler a carta do demônio, cravar um punhal a cada letra que passava pelos meus olhos.
Depois li o que você escreveu para ela. Sinto que me roubaram as palavras, aquelas que sempre foram minhas, as palavras que você usava comigo, tudo isso sempre vai ser meu, por mais que eu tenha que me conformar em lê-las nas cartas de outro alguém.

Por fim, a mesma música sempre toca na minha cabeça e, seguramente, vou dormir e acordar repassando-a mil vezes pela mente. Essa minha mente incosciente que me faz pensar que um dia poderemos ter nossa vidinha calma, com o Che sentado na janela. Essa vida que sempre imaginei, não sozinha, no nosso frio da tarde, embrulhadinhos assistindo algum filme e tomando vinho, escutando Madeleine ou Portishead e escorrendo à cachoeira de luxúrias, como já dizia meu amigo Pietro.

Você me diz "opa." e eu ouço "te amo", você me diz "certinho?" e eu ouço "vem fugir comigo", que posso fazer? Sou masoquista, gosto de problemas, não há outra explicação. E você sempre vai ser meu problema mais presente, minha busca insessante, meu homem, minha espera, meu estado paralelo e constante.
Te amo, nem sei mais quanto!

In the moonlight your face it glows, like a thousand diamonds I suppose. And your hair flows like the ocean breeze. Not a million fights could make me hate you, you're invincible, it's in your eyes where I find peace... Is it broken? Can we work it out? Let's light up the town, scream out loud! I can see in your eyes, you're ready to break, don't look away. So here we are now, in a place where the sun blended. With the ocean thin, so thin, we stand. Across from each other, together we'll wonder if we will last these days! If I asked you to stay, would you tell me: You would be mine? And time, is all I ask for time. I just need one more day. And time, you've been crying too long, time... And your tears wrote this song. Stay! In the moonlight your face it glows...

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Com mais de dúzias de botão!


Num dia triste de chuva
Foi minha irmã quem me chamou pra ver
Era um caminhão
Carregado de botão de rosas
Eu fiquei maluca
Por flor tenho loucura, eu fiquei maluca
Saí
Quando voltei molhada
Com mais de dúzias de botão
Botei botão na sala, na mesa, na TV, no sofá
Na cama, no quarto, no chão, na penteadeira
Na cozinha, na geladeira, na varanda
E na janela era grande o barulho da chuva
Da chuva
Eu fiquei maluca


Quero sentir um cheiro de rosa, esse constante frio e solidão estão acabando com as minhas ganas de fazer qualquer coisa esse últimos dias. Me acosto e dentro dos cobertores permaneço. Me deito ao lado da estufa ligada, no chão, e me ponho a dormir, ali fico por uma ou duas horas.
E quando estou sozinha nessa casa, me sinto melhor, me sinto um pouco mais próxima de mim mesma. Quando há gente, me sinto mais sozinha, mais longe do que eu realmente amo, do que eu sinto saudades, do que eu quero viver de novo.
Nunca: é uma palavra traiçoeira, que sempre me pega desprevinida numa quarta-feira às três da tarde.
E quando eu paro pra pensar na minha vida, meus mortos e meus caminhos tortos, não sei se estou seis quilômetros antes ou depois da encruzilhada. Não sei o que trouxe de bom e de ruim, tampouco sei o que deixei pra trás.

As datas, fatos e aniversariantes passam
Sem deixar o menor vestígio
Injúrias e promessas e mentiras e ofensas caem fora pelo outro ouvido
Roubaram a carteira com meus documentos
Aborrecimentos que eu já nem ligo
Não é por que eu quis e eu não fiz
Não é por que não fui
E eu não vou